Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 46
Filtrar
Mais filtros











Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1291-1310, dez. 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537955

RESUMO

Debatemos os rastros presentes na distopia de nossos laços sociais contemporâneos enquanto restos da colonialidade que sobrevivem em nossa cultura. Metodologicamente, recorremos a personagens do imaginário coletivo que interrogam o lugar do outro na cena social e na política. Compreendemos que os zumbis enquanto imagem mnêmica social trazem visibilidade às políticas de degradação do outro - sua dominação, seu extermínio, bem como da desmobilização política. A contextualização histórica e geográfica da origem e da construção desses personagens reforça a constatação da lógica colonizadora e escravagista ali presente, fundamentada nos modos de captura dos desejos, dos corpos e da vida dos sujeitos, culminando no efeito de obliteração das perspectivas de futuro. A figura do zumbi enquanto a lembrança encobridora do negro escravizado haitiano denuncia a desqualificação das lutas de libertação como nada mais que atos violentos de uma horda acéfala, bem como oferece a oportunidade de reinstituir a dignidade dos movimentos que visam à transformação social. Dentro de determinada perspectiva crítica, os zumbis passam a representar a imagem mnêmica social dos libertários que não cessam de lutar. Tornam-se a simbolização do impossível de governar; reagem ao destino certo da condição de mortos, recuperando a potência de construção de um comum na alteridade.


We discuss the traces present in the dystopia of our contemporary social ties as remnants of coloniality that survive in our culture. Methodologically, we resort to characters from the collective imaginary that question the place of the other in social and political scene. We understand that zombies as a social mnemic image bring visibility to the policies of degradation of the other­their domination, their extermination, as well as political demobilization. The historical and geographic contextualization of the origin and construction of these characters reinforces the presence of the colonizing and slavery logic there, based on the ways of capturing the subjects' desires, bodies and lives, culminating in the effect of obliterating the prospects for the future. The figure of the zombie as a screen-memory of the enslaved black-Haitian denounces the disqualification of liberation struggles as nothing more than violent acts by an acephalous horde, as well as offers the opportunity to bring back the dignity of movements that claims for social transformation. Within a certain critical perspective, the zombies come to represent the social mnemic image of libertarians who never stop fighting. They become the symbolization of the impossible to govern; they react to dead condition as a fate, recovering the power to build a common in otherness.


Discutimos los rastros presentes en la distopía de nuestros lazos sociales contemporáneos como restos de colonialidad que perviven en nuestra cultura. Metodológicamente, recurrimos a personajes del imaginario colectivo, que cuestionan el lugar del otro en la escena social y en la política. Entendemos que los zombis como imagen mnémica social visibilizan las políticas de degradación del otro - su dominación, su exterminio, así como la desmovilización política. La contextualización histórica y geográfica del origen y de construcción de estos personajes refuerza la constatación de la lógica colonizadora y esclavista allí presente, basada en los modos de captura de los deseos, cuerpos y vida de los sujetos, culminando en el efecto de obliteración de perspectivas futuras. La figura del zombi como recuerdo encubridor del negro haitiano esclavizado denuncia la descalificación de las luchas de liberación como nada más que actos violentos de una horda acéfala, además de ofrecer la oportunidad de restituir la dignidad de los movimientos que aspiran a la transformación social. Dentro de cierta perspectiva crítica, los zombis vienen a representar la imagen mnémica social de los libertarios que no cesan de luchar. Se convierten en la simbolización del imposible de gobernar; reaccionan ante el destino cierto de la condición de los muertos, recuperando la potencia de construir un común en la alteridad.


Assuntos
Psicanálise , Negro ou Afro-Americano , Colonialismo , Filmes Cinematográficos , Desumanização , Escravização
2.
Psicol. soc. (Online) ; 35: e275160, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1521411

RESUMO

Resumo Em que consiste a sociogenia apresentada por Frantz Fanon e quais as suas implicações para a compreensão dos modos de subjetivação em uma sociabilidade marcada pelo racismo e a desumanização? Este estudo estabelece um diálogo entre escritos de Sigmund Freud e Fanon para propor que a experiência colonial imprime um tipo particular de estranhamento, aqui nomeado como mal-estar colonial. O sofrimento sociopolítico resultante do racismo antinegro contemporâneo se expressa a partir de um duplo mal estar. Soma-se, ao mal-estar relativo ao desassossego dos indivíduos diante do preço a pagar pela pertença e segurança no laço social, a recusa do reconhecimento de sua pertença e do seu direito de usufruto do pacto social, travestido de pacto civilizatório. Este estudo, baseado na gênese social e política do sofrimento humano na sociabilidade colonial, considera que a perspectiva clínico-política implicada se alia à análise sociológica para atentar às dimensões singulares e universais do sujeito.


Resumen ¿En qué consiste la sociogenia presentada por Frantz Fanon y cuáles son sus implicaciones para comprender los modos de subjetivación en una sociabilidad marcada por el racismo y la deshumanización? Este estudio establece un diálogo entre los escritos de Sigmund Freud y Fanon para proponer que la experiencia colonial imprime un tipo particular de extrañamiento, aquí denominado malestar colonial. El sufrimiento sociopolítico resultante del racismo antinegro contemporáneo se expresa a través de un doble malestar. Al malestar relacionado con la inquietud de los individuos ante el precio a pagar por la pertenencia y la seguridad en el vínculo social se suma la negativa a reconocer su pertenencia y su derecho a disfrutar del pacto social, disfrazado de pacto civilizador. Este estudio, basado en la génesis social y política del sufrimiento humano en la sociabilidad colonial, considera que la perspectiva clínico-política involucrada se combina con el análisis sociológico para a las dimensiones singulares y universales del sujeto.


Abstract What does the sociogeny presented by Frantz Fanon consist of and what are its implications for understanding the modes of subjectivation in a sociability marked by racism and dehumanization? This study establishes a dialogue between the writings of Sigmund Freud and Fanon to propose that the colonial experience imprints a particular type of estrangement, here named as colonial malaise. The sociopolitical suffering resulting from contemporary anti-black racism is expressed through a double discomfort. Added to the discomfort related to the uneasiness of individuals regarding the price to pay for belonging and security in the social bond is the refusal to recognize their belonging and their right to enjoy the social pact, disguised as a civilizing pact. This study, based on the social and political genesis of human suffering in colonial sociability, considers that the clinical-political perspective involved is combined with sociological analysis to address both singular and universal dimensions of the subject.


Assuntos
Psicanálise , Colonialismo , Racismo , Constrangimento
3.
Arq, bras psicol ; 73(3)22/08/2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1435419

RESUMO

Neste escrito, partimos de uma experiência de pesquisa-extensão com adolescen-tes internados no sistema socioeducativo. Nele, sublinhamos algumas das particu-laridades metodológicas de uma pesquisa em psicanálise no âmbito da socioeduca-ção. Essa prática na instituição, a um só tempo, amplia as bordas da intervenção clínica tradicional e nos coloca frente a narrativas pautadas por um excesso de real, sobretudo tributário de vivências dos jovens que vivem em situação de violência e vulnerabilidade. Com este estudo, pretendemos dar seguimento às produções que temos desenvolvido sustentadas na ideia de a ética psicanalítica configurar-se como método.


Assuntos
Psicanálise , Educação , Ética
4.
Psicol. USP ; 33: e180197, 2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1406384

RESUMO

Resumo A guerra do tráfico de drogas no Brasil tem ganhado destaque nas pesquisas dentro da psicologia pelo significativo número de mortes relacionadas a este fenômeno. Partindo da descrição dos cinco primeiros dias de encontro entre pesquisadores e adolescentes envolvidos com o fenômeno descrito, pretende-se apontar alguns pontos de aproximação e diferença entre ele e o que é chamado pelo significante "guerra" na filosofia de Clawsewitz e Foucault. Para tanto, foi feita uma descrição do campo, seguida pela problematização, retomando três aportes teóricos: a tese da guerra como continuação da política, de Clausewitz; a inversão feita por Foucault que sustenta o Racismo de Estado; e um aprofundamento psicanalítico sobre as diversas modalidades dos conflitos sob o nome de guerra. Concluindo, essa análise resultou na tese de que existe uma guerra no Brasil como consequência do sistema político excludente, denunciada pelos jovens envolvidos com o tráfico de drogas.


Abstract The 'war on drugs' promoted in Brazil has gained prominence in psychology research due to the ensuing significant number of deaths. By describing the five first meetings held with teenagers, the researchers highlight some similarities and differences between the described phenomenon and what Clausewitz and Foucault call 'war.' To this end, after describing the field research, the paper discusses three theoretical points: Clausewitz's thesis that war is the continuation of politics; Foucault's inversion, which sustain state racism; and an in-depth psychoanalysis of the various forms of conflict under the umbrella-term 'war.' In conclusion, this analysis point out the war going on in Brazil as a consequence of the exclusionary political system, denounced by youths involved in drug trafficking.


Résumé La guerre au trafic de drogues promue au Brésil a pris de l'importance dans la recherche en psychologie en raison du nombre important des décès qu'elle a entraîné. En décrivant les cinq premières réunions tenues avec des adolescents, les chercheurs souligne certaines similitudes et différence entre le phénomène décrit et ce que Clausewitz et Foucault appellent la « guerre ¼. Pour cela, après avoir décrit la recherche, l'article discute de trois points théoriques : la thèse de Clausewitz, selon laquelle la guerre est le prolongement de la politique; l'inversion faite par Foucault, qui soutient le racisme d'État ; et une psychanalyse approfondie des différentes formes de conflit sous le terme générique de « guerre ¼. En conclusion, cette analyse met en évidence la guerre qui se déroule au Brésil comme une conséquence du système politique d'exclusion dénoncé par les jeunes impliqués dans le trafic de drogue.


Resumen La guerra en contra del tráfico de drogas en Brasil ha ganado atención en la investigación en psicología debido al número significativo de muertes relacionadas a este fenómeno. Partiendo de la descripción de los cinco primeros días de encuentro entre investigadores y adolescentes envueltos en el fenómeno descrito, se pretende señalar algunos puntos de aproximación y diferencia entre este y lo que es llamado por el significante "guerra" en la filosofía de Clausewitz y Foucault. Para esto, se llevó a cabo una descripción de campo, seguida por la problematización con tres aportes teóricos: la tesis de la guerra como extensión de la política de Clausewitz; la inversión hecha por Foucault que sustenta el Racismo de Estado; y una profundización psicoanalítica sobre las diversas modalidades de los conflictos bajo el nombre de guerra. En conclusión, este análisis constató la tesis de que existe una guerra en Brasil como consecuencia de un sistema político excluyente, denunciada por los jóvenes envueltos con tráfico de drogas.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Política , Guerra/psicologia , Tráfico de Drogas/psicologia , Psicanálise , Isolamento Social , Adolescente
5.
Psicol. ciênc. prof ; 42: e242179, 2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1406404

RESUMO

O campo da Psicologia produz saberes e discursos que referenciam as políticas públicas que alteram ou sedimentam o lugar social atribuído ao sujeito. Este artigo considera que há modalidades de gestão política, controle e exploração que incluem em sua estratégia de dominação promover a experiência do sofrimento, seja composta pela angústia, culpa, vergonha ou humilhação social. Tendo em vista essa premissa, formulamos as vicissitudes e especificidades da escuta de sofrimento sociopolítico advindo de posições socialmente desqualificadas devido a fatores econômicos, raciais, culturais, religiosos, de gênero, entre outros. A vicissitude clínica que nos norteia é o silenciamento derivado desse sofrimento. A escuta clínica de sujeitos sob o desamparo discursivo se ancora na constatação de que o sofrimento sociopolítico desarvora o sujeito de seu lugar de fala, promovendo o abalo narcísico e a eclosão da dimensão traumática - questão diagnóstica que deve ser levada em conta -, e pondo em jogo um possível conflito de lealdades quanto ao pacto social daquele que pratica a psicanálise, o que pode gerar sua resistência à escuta. Essas considerações clínicas não seriam possíveis sem superar uma dicotomia e um recalque: a questão da política na psicanálise. Tais concepções supõem repensar dimensões táticas, estratégicas e éticas no atendimento clínico psicanalítico. Abordaremos as artimanhas do poder que produzem o desamparo discursivo e a dimensão traumática, chegando finalmente a algumas considerações sobre o tratamento a ser dado ao sofrimento sociopolítico e as especificidades da escuta nesses contextos.(AU)


The field of psychology produces knowledge and discourses that guide public policies and alter or consolidate the social place attributed to the subject. This article considers that there are modalities of political management, control, and exploitation which include in their own strategy of domination promoting the experience of suffering, whether comprising anguish, guilt, shame or social humiliation. In view of this premise, we formulate the vicissitudes and specificities of listening to socio-political suffering arising from socially disqualified positions due to economic, racial, cultural, religious and gender factors, among others. The clinical vicissitude that will guide us will be the silencing derived from this suffering. The clinical listening to subjects under discursive helplessness is anchored on the observation that sociopolitical suffering takes the subject out of his or her place of speech, promoting narcissistic shock and the emergence of the traumatic dimension - a diagnostic issue that should be considered - and raising a possible conflict of loyalties regarding the psychoanalyst's social pact that can generate his or her resistance to listening. These clinical considerations would not be possible without overcoming a dichotomy and a repression: the question of politics in psychoanalysis. Such conceptions suppose rethinking tactical, strategic and ethical dimensions in psychoanalytic clinical care. We will approach the tricks of power that produce the discursive helplessness and the traumatic dimension, finally reaching some considerations about the treatment to be given to socio-political suffering and the specifics of listening in these contexts.(AU)


El campo de la Psicología produce conocimiento y discursos que son decisivos para las políticas públicas y para alterar o consolidar el lugar social atribuido al sujeto. Este artículo considera la existencia de modalidades de gestión política, control y explotación que incluyen, en su estrategia de dominación, promover la experiencia del sufrimiento, ya sea compuesta por angustia, culpa, vergüenza o humillación social. En vista de esta premisa, formulamos las vicisitudes y especificidades de escucha del sufrimiento sociopolítico que surge de posiciones socialmente descalificadas debido a factores económicos, raciales, culturales, religiosos y de género, entre otros. La vicisitud clínica que nos guiará es el silenciamiento derivado de este sufrimiento. La escucha clínica de los sujetos bajo impotencia discursiva está anclada en la observación de que el sufrimiento sociopolítico saca al sujeto de su lugar de discurso promoviendo el shock narcisista y la aparición de la dimensión traumática -un problema de diagnóstico que debe tenerse en cuenta-, y pone en juego un posible conflicto de lealtades con respecto al pacto social del psicoanalista, lo que puede generar su resistencia a la escucha. Estas consideraciones clínicas no serían posibles sin superar una dicotomía y una represión: la cuestión de la política en el psicoanálisis. Dichas concepciones suponen repensar las dimensiones tácticas, estratégicas y éticas en la atención clínica psicoanalítica. Se abordarán los trucos del poder para producir la impotencia discursiva y la dimensión traumática, llegando finalmente a algunas consideraciones sobre el tratamiento que se dará al sufrimiento sociopolítico y los detalles específicos de la escucha en estos contextos.(AU)


Assuntos
Humanos , Psicanálise , Trauma Psicológico , Angústia Psicológica , Organização e Administração , Dor , Administração em Saúde Pública , Política Pública , Vergonha , Áreas de Pobreza , Humanização da Assistência , Vulnerabilidade em Saúde , Frustração , Culpa , Serviços de Saúde Mental
6.
Estilos clín ; 27(3)2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1426037

RESUMO

Os fluxos migratórios se tornaram um campo de tensões sociais e políticas que desconsideram sua condição sine qua non para a construção de uma sociedade. Atualmente o fluxo migratório é fenômeno que desnuda as formas de funcionamento social e político que camuflam e tornam invisibilizada a gestão social na lógica da guerra. Nesta ficam banalizados os discursos de ódio que segregam, fomentam os racismos e outras modalidades de exclusão com foco nos marcadores étnico-raciais, econômicos, culturais, religiosos ou de gênero. As migrações de massa, assim como a recusa em acolher os imigrantes e a determinação de os expulsar, revelam uma guerra sem nome, ou seja: uma modalidade de política baseada na globalização perversa. Ela institui um colonialismo amplo, geral e irrestrito, com a centralização do capital à custa de miséria, domínio e morte de muitos e também das formas de vida que eles representam


Assuntos
Política , Instituições Acadêmicas , Migração Humana , Isolamento Social
7.
Estilos clín ; 27(3)2022.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1426060

RESUMO

O presente artigo pretende discutir algumas facetas da construção de intervenções psicanalíticas clinicopolíticas com escolas. Parte-se de uma pesquisa-intervenção em algumas escolas municipais da cidade de São Paulo que se viram confrontadas com o silêncio de crianças de origem imigrante como um enigma a ser cuidado pelas instituições. Tem-se como objetivo discutir as tensões entre um sintoma singular e suas inscrições coletivas na produção de intervenções clinicopolíticas com escolas, estas que tem como intuito é contribuir para escolarização das crianças de origem migrante. O artigo se guiará construção do acompanhamento de uma criança que não falava nenhuma língua e colocava entraves em sua escolarização. Sublinha-se a tensão entre um sintoma singular e uma verdade social para escutar esses sintomas que, de outra forma, poderiam continuar silenciados


El presente artículo tiene como objetivo discutir algunos aspectos de la construcción de intervenciones psicoanalíticas clínico-políticas con lasescuelas. Parte de una investigación-intervención en algunas escuelas de la ciudad de Sao Paulo. Estas escuelas fueron confrontadas con el silencio de los niños migrantes como un síntoma a ser enfrentado por las instituciones. Se pretende discutir las tensiones entre las dimensiones singulares de este síntoma y sus dimensiones sociales. Por lo tanto, las intervenciones clínico-políticas con las escuelas tienen como objetivo contribuir a la escolarización de los niños migrantes. Este artículo se estableceráa partir de la construcción del acompañamiento de un niño que no podía hablar ningún idioma y planteaba muchas preguntas a la escuela. El artículo remacha la tensión entre un síntoma singular y sus significados sociales como una manera de escuchar estos síntomas, que de lo contrario podrían permanecer silenciados


The article aims to discuss some aspects of the construction of clinical-political psychoanalytic interventions with schools. It starts from a research-intervention in some schools in Sao Paulo city. These schools were confronted with the silence of migrant children as a symptom to be faced by the institutions. It intends to discuss the tensions between the singular dimensions of this symptom and its social dimensions. Therefore, the clinical-political interventions with schools aims to contribute to the schooling of migrant children. This article will be guided by the construction of the follow-up of a child who couldn't speak any language and raised many questions to the school. The tension between a singular symptom and its social meanings is underlined in order to listen to these symptoms, which might otherwise remain silenced


Cet article a pour but de discuter les facettes de la construction d'interventions psychanalytiques clinique-politiques avec les écoles. Il part d'une recherche-intervention dans certaines écoles de la ville de Sao Paulo. Ces écoles ont été confrontées au silence des enfants issus de la migration comme un symptôme à être confronté par les institutions. L'objectif est de mettre en relief des tensions entre les dimensions singulières de ce symptôme et ses dimensions sociales. Ainsi, les interventions clinique-politiques auprès des écoles cible à contribuer à la scolarisation des enfants migrants. Cet article sera guidé dans la construction du suivi d'un enfant qui ne parlait aucune langue et posait de nombreuses questions à l'école. La tension entre un symptôme singulier et ses significations sociales est soulignée afin d'écouter ces symptômes, au contraire ils risquent de rester silencieux


Assuntos
Humanos , Masculino , Pré-Escolar , Instituições Acadêmicas , Emigrantes e Imigrantes , Intervenção Psicossocial , Transtornos do Desenvolvimento da Linguagem , Psicanálise , Brasil , Sociedade Receptora de Migrantes
8.
J. psicanal ; 54(101): 161-165, jul.-dez. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1350997
9.
Psicol. USP ; 32: e200130, 2021.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1155149

RESUMO

Resumo O artigo surge da inquietação de psicanalistas diante do sucesso ou fracasso dos movimentos sociais como resposta à atual crise institucional, política e social. Destacamos o dilema epistemológico e político presente na indagação que percorreu o movimento de Maio de 1968: as estruturas descem ou não para a rua? O caminho adotado é examinar os efeitos do movimento e cotejá-los com as concepções teóricas de Lacan. O saldo que obtemos desse balanço crítico foi considerar Maio de 1968 como um acontecimento que nos lembra de que é possível estruturar uma nova forma de política. Nomear a vergonha dos excessos nos laços sociais de nosso tempo pode conferir dignidade ao significante e produzir um ponto de basta pela dimensão da ética e da singularidade. Tal posição produz giro discursivo, incitado pela coragem de ter uma idéia e a possibilidade de reinvenção do laço social por sucessivas subversões e revoluções.


Abstract Our article results from the concern of psychoanalysts about the success or failure of social movements as a response to the current institutional, political and social crisis. We emphasize the epistemological and political dilemma present in the question that went through the May 1968 movement: after all, do structures reflect on the streets or not? To answer this question, we examined the effects of the movement a posteriori and compared them with Lacan's theoretical work. Based on this critical balance, we consider May 68 as a reminder that structuring a new form of politics is possible. Naming the shame of excesses in the social ties of our time may confer dignity to the signifier and produce a sufficient point by the dimension of ethics and uniqueness. Such a position produces a discursive twist, incited by the courage to have an idea and the possibility of reinventing the social bond by successive subversions and revolutions.


Résumé L'article découle de la préocupation des psychanalystes face au succès ou à l'échec des mouvements sociaux en réponse à la crise institutionnelle, politique et sociale actuelle. Nous soulignons le dilemme épistémologique et politique dans la question qui a traversé le mouvement de mai 1968: enfin, les structures descendent ou non dans la rue? La voie adoptée consiste à examiner les effets du mouvement a posteriori et à les comparer avec les conceptions théoriques de Lacan. Le résultat que nous obtenons de ce bilan critique a été de considérer mai 1968 comme un événement qui nous rappelle qu'il est possible de structurer une nouvelle politique. Nommer la honte des excès dans les liens sociaux de notre temps peut donner de la dignité au signifiant et produire un point de suffisance pour la dimension de l'éthique et de singularité. Une telle position produit un tournant discursif, encouragé par le courage d'avoir une idée et la possibilité de réinventer le lien social par des subversions et des révolutions successives.


Resumen El artículo surge de la inquietud de psicoanalistas frente al éxito o fracaso de los movimientos sociales como una respuesta a la actual crisis institucional, política y social. Se destaca el dilema epistemológico y político presente en la indagación que recorrió el movimiento de Mayo del 68: ¿las estructuras descienden o no a la calle? Para ello, se examinan los efectos del movimiento bajo la luz de las concepciones teóricas de Lacan. De ese balance crítico se considera el Mayo del 68 como un acontecimiento que recuerda que es posible estructurar una nueva forma de política. Al nombrar la vergüenza de los excesos en los lazos sociales de nuestro tiempo se puede conferir dignidad al significante y producir un basta por medio de la dimensión de la ética y de la singularidad. Esto produce un giro discursivo, incitado por el coraje de tener una idea y la posibilidad de reinventar el lazo social por sucesivas subversiones y revoluciones.


Assuntos
Política , Psicanálise , Vergonha , Brasil , Acontecimentos que Mudam a Vida
10.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 23(2): 245-268, abr.-jun. 2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1139245

RESUMO

Discutimos neste artigo a presença do discurso evangélico entre pacientes de serviços de saúde mental e de atenção psicossocial, nas características de tal fenômeno religioso e de suas possibilidades de transformar a vida de sujeitos, famílias e grupos ao ligá-los a uma modalidade bastante peculiar de discursividade religiosa. Como viemos pesquisando essas questões na França e no Brasil, propomos duas vinhetas clínicas (de um caso acompanhado em cada um desses países) para pensar sobre o tipo de transformação subjetiva e psíquica que esse laço religioso provoca, em como ele afeta o enlace transferencial e nas dificuldades que o mesmo pode provocar para profissionais que atuam sobre a subjetividade. Para isso, levantamos alguns dos pontos nodais das leituras psicanalíticas sobre religião e religiosidade, naquilo que aparece da coisa religiosa na gênese da vida psíquica, no sujeito, nos grupos, na cultura e na política.


This article discusses the presence of the evangelical discourse among patients of mental health and psychosocial care services, the features of that religious phenomenon and its potential to transform the lives of individuals, families and groups by linking them to a fairly peculiar modality of religious discourse. As our research took place in France and in Brazil, we propose two clinical vignettes (from one case in each country) to analyze the kind of subjective and psychic transformation caused by that religious bond, how it affects transference and the difficulties that it may cause for professionals who act on subjectivity. To achieve that goal, we surveyed some of the nodal points of psychoanalytic readings on religion and religiosity, on what results from the religious thing in the genesis of psychic life, in the subject, in groups, in culture and in politics.


Dans cet article nous discutons la présence du discours évangélique parmi les patients de services de santé mentale et des soins psychosociaux, les caractéristiques de ce phénomène religieux et ses possibilités de transformer la vie des individus, des familles et des groupes en les liant à une modalité assez particulière de discursivité religieuse. Ayant étudié ce phénomène en France et au Brésil, nous proposons deux vignettes cliniques (un cas dans chaque pays) pour réfléchir sur le type de transformation subjective et psychique que ce lien religieux provoque, en quoi il affecte le transfert et sur les difficultés que cela peut créer pour les professionnels de la subjectivité. Pour ce faire, nous soulevons quelques points nodaux des lectures psychanalytiques sur la religion et la religiosité, sur ce qui ressort de la chose religieuse dans la genèse de la vie psychique, dans le sujet, dans les groupes, dans la culture et dans le politique.


En este artículo, discutimos la presencia del discurso evangélico entre pacientes de servicios de salud mental y de atención psicosocial, en las características de tal fenómeno religioso y de sus posibilidades para transformar la vida de sujetos, familias y grupos al conectarlos a una modalidad bastante peculiar de discursividad religiosa. Como hemos venido investigando estas cuestiones en Francia y en el Brasil, proponemos dos viñetas clínicas (de un caso acompañado en cada uno de esos países) para pensar sobre el tipo de transformación subjetiva y psíquica que provoca ese vínculo religioso, en cómo afecta el enlace transferencial y en las dificultades que el mismo puede provocar para profesionales que actúan sobre la subjetividad. Para ello, levantamos algunos de los puntos nodales de las lecturas psicoanalíticas sobre religión y religiosidad, en lo que aparece de la cosa religiosa en la génesis de la vida psíquica, en el sujeto, en los grupos, en la cultura y en la política.

11.
Estilos clín ; 25(1): 5-20, jan.-abr. 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1279047

RESUMO

Os processos dos adolescentes diante dos dilemas humanos relativos à sexualidade, morte, pertença e transformação social contam a sua própria história, mas dizem também sobre o modo como cada sociedade concebe as modalidades de inscrição do sujeito no laço social, assim como da sua disponibilidade às transformações sociais. Neste artigo vamos demonstrar os impasses nos destinos da adolescência quando o outro social, em vez de interpelar, acompanhar e apostar no adolescente transforma suas fronteiras em opacidades intransponíveis, ao modo de um front de guerra, impondo impedimentos à sua pertença ao laço social. Vamos cotejar falas dos adolescentes da peça de teatro de Frank Wedekind, de 1891, O Despertar da Primavera, com falas de adolescentes das margens das grandes cidades brasileiras. Vamos demonstrar a articulação da sexualidade à cena social e política, assim como situar o estatuto do ato diante dos impasses do adolescente frente ao lugar que lhe é ofertado no discurso social. Pode-se escutar o que resta da adolescência: a construção de uma narrativa ficcional que permita construir e nortear a sua invenção de um lugar para existir.


Los procesos de los adolescentes frente a dilemas humanos relacionados con la sexualidad, la muerte, la pertenencia y la transformación social cuentan su propia historia, pero también cuentan la forma en que cada sociedad concibe las modalidades de inclusión del sujeto en el vínculo social, así como su disponibilidad para transformaciones sociales En este artículo, demostraremos los callejones sin salida en los destinos de la adolescencia cuando el otro social, en lugar de cuestionar, acompañar y apostar al adolescente transforma sus fronteras en opacidades insuperables, como un frente de guerra, imponiendo impedimentos para su pertenencia al vínculo social. Compararemos los discursos de los adolescentes en la obra de 1891 de Frank Wedekind, El Despertar de la Primavera, con los discursos de adolescentes de los márgenes de las grandes ciudades brasileñas. Vamos a demostrar la articulación de la sexualidad en la escena social y política, así como a situar el estatuto del acto en vista de los impases de los adolescentes en relación con el lugar que se les ofrece en el discurso social. Puedese escuchar lo que queda de la adolescencia: la construcción de una narrativa ficticia que te permite construir y guiar tu invención de un lugar para existir.


The processes of adolescents vis-à-vis human dilemmas related to sexuality, death, belonging and social transformation tell their own story, but they also tell about the way in which each society conceives the modalities of the subject's inclusion in the social bond, as well as its availability to social transformations. In this article we will demonstrate the impasses in the fates of adolescence when the social other, instead of questioning, accompanying and betting on the adolescent turns its borders into insurmountable opacities, like a war front, imposing impediments to their belonging to the social bond. We will compare the adolescents' speeches in Frank Wedekind's 1891 play, The Awakening of Spring, with speeches by adolescents from the margins of large Brazilian cities. We are going to demonstrate the articulation between sexuality and the social and political scene, as well as to situate the statute of the act in view of the adolescents' impasses in relation to the place offered to them in the social discourse. One can hear what remains of adolescence: the construction of a fictional narrative that allows building and guiding their invention of a place to exist.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Psicanálise , Adolescente , Sexualidade/psicologia , Vulnerabilidade Social , Apego ao Objeto , Ansiedade , Morte
13.
Ágora (Rio J. Online) ; 22(3): 280-289, set.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1043583

RESUMO

RESUMO: Como algumas produções cinematográficas contribuem ao debate sobre noções de trauma em psicanálise? Analisamos dois filmes dirigidos por Clint Eastwood, "Sobre meninos e lobos" e "Sniper americano" retomando, como método de trabalho, os conceitos de narcisismo das pequenas diferenças, trauma, fala como acontecimento, acontecimento e acontecimento-ruptura, de modo a colocar em questão os pensamentos por oposição binária e ego-referenciados, que podem reforçar estereótipos e preconceitos e que obturam a mobilidade e a transformação do acontecimento traumático em propulsão para a vida. Nossa intenção é desconstruir alguns discursos que pautam a cultura contemporânea e contribuir para intervenções psicanalíticas clínico-políticas.


ABSTRACT: How can some film productions feed the debate on the psychoanalytical notions of trauma? We analyze two films by Clint Eastwood, "Mystic River" and "American Sniper" based on the psychoanalytic view of trauma. As a working method, we resume the concepts of narcissism of minor differences, trauma, speech as an event, event and event break-up to call into question binary opposition and ego-referenced thinking that can reinforce stereotypes and prejudices that hinder the mobility and transformation of traumatic events in thrusts toward life. Our intention is to deconstruct some speeches guiding contemporary culture and to contribute to clinical-political psychoanalytic interventions.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Psicanálise , Trauma Psicológico/psicologia , Filmes Cinematográficos , Política , Violência/psicologia , Mulheres/psicologia , Narcisismo , Transtornos Neuróticos/psicologia
14.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(Esp. A psicanálise e as formas do político): 81-92, julho - 2018.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1354711

RESUMO

Acontecimentos sociais e políticos, nacionais e internacionais, têm abalado nosso cotidiano. Conquistas que pareciam sedimentadas na direção da democracia e nos temas relativos aos direitos humanos, conquistas sociais e considerações éticas na vida política, têm sido substituídas por chavões e discursos de ódio, racismo e xenofobia sob a lógica da guerra. Desse modo, têm sido enfrentados fluxos massivos de imigrantes, frutos de guerras e violências, atentados terroristas e uma tensão cotidiana em que o debate localiza no outro o perigo: generaliza-se a figura do terrorista. Vamos propor um deslocamento da lógica da guerra a fim de dialogar sobre a queda dos ideais e das ilusões e as dificuldades de traçar direções para o futuro. Vamos apontar o imbricado enlace entre ética do desejo, política e resistência à instrumentação social do gozo. Entendemos que perder um ideal é diferente de perder uma ilusão, crença ou delírio. A descrença, a desilusão, tem seus efeitos ­ um deles é agarrar-se à fantasia delirante. A idealização é um processo que envolve o engrandecimento e superestimação do objeto, não dizendo respeito ao ideal. A aflição psíquica nomeada "desilusão" estende-se dos ideais culturais (no plano do ideal-do-Eu) às expectativas do Eu (plano do Eu-ideal). Essa questão nos alerta para o encobrimento de outra ilusão, de autoengendramento, de poder superar a dependência simbólica ao Outro. Diferenciar esses termos nos permite apontar o imbricado enlace entre ética do desejo, política e a resistência à instrumentação social do gozo. Quanto à posição da psicanálise, retomaremos a frase de Lacan em Ciência e Verdade (1966/1998): "Por nossa posição de sujeito somos sempre responsáveis. Que chamem a isto como quiserem, terrorismo".


Social and political events, national and international, have shaken our daily lives. Conquests that seemed to be set in the direction of democracy and on issues related to human rights, social achievements and ethical considerations in political life have been replaced by slogans and discourses of hatred, racism and xenophobia under the logic of war. In this way, massive flows of immigrants, fruits of wars and violence, terrorist attacks and a daily tension have been faced in which the debate finds in the other the danger: generalizes the figure of the terrorist. Let us propose a shift in the logic of war in order to talk about the fall of ideals and illusions and the difficulties of drawing directions for the future. Let us point to the overlapping link between ethics of desire, politics, and resistance to the social instrumentation of enjoyment. We understand that losing an ideal is different from losing an illusion, belief or delusion. Disbelief, disillusionment, has its effects - one of them is clinging to delusional fantasy. Idealization is a process that involves the enhancement and overestimation of the object, not referring to the ideal. The psychic affliction named "disillusionment" extends from cultural ideals (on the plane of the egoideal) to the expectations of the Self (plane of the I-ideal). This question alerts us to the cover-up of another illusion, of self-surrender, of being able to overcome symbolic dependence on the Other. Differentiating these terms allows us to point out the imbricated link between ethics of desire, politics and resistance to the social instrumentation of joy. Regarding the position of psychoanalysis, we shall return to Lacan's phrase in Science and Truth (1966/1998): "By our position of subject we are always responsible. Call it this way, terrorism".


Acontecimientos sociales y políticos, nacionales e internacionales, vienen afectando nuestro cotidiano. Logros que parecían firmados en el rumbo de la democracia y en los temas relacionados a los derechos humanos, logros sociales y consideraciones éticas en la vida política, vienen siendo sustituidos por clichés y discursos de odio, racismo y xenofobia bajo la lógica de la guerra. De este modo, flujo masivo de inmigrantes, fruto de guerras y violencias, ataques terroristas y una cotidiana tensión en la cual el debate localiza en el otro el peligro: se generaliza la figura del terrorista. Vamos a proponer un desplazamiento de la lógica de la guerra con la finalidad de dialogar sobre la caída de los ideales y de las ilusiones y las dificultades de trazar direcciones para el futuro. Vamos a enseñar la imbricada trama entre la ética del deseo, política y resistencia a la instrumentalización social del gozo. Entendemos que perder un ideal es diferente de perder una ilusión, creencia o delirio. La incredulidad, la desilusión, tiene sus efectos ­ uno de ellos es agarrarse a la fantasía delirante. La idealización es un proceso que envuelve el engrandecimiento y la súper estimación del objeto, sin relación con el ideal. La angustia psíquica nombrada "desilusión" se extiende de los ideales culturales (en el plan del ideal-del- yo) a las expectativas del Yo (plan del Yo-ideal). Esta cuestión nos alerta para el encubrimiento de otra ilusión, de auto creación, de poder superar la dependencia simbólica del Otro. Diferenciar estos términos nos permite apuntar la imbricada trama entre ética del deseo, política y la resistencia a la instrumentación social del gozo. Cuanto a la posición del psicoanálisis, retomaremos la frase de Lacan en Ciencia y verdad (1966/1998): "Siempre somos responsables por nuestra posición de sujeto. Que llamen esto como quieran, terrorismo".


Des événements sociaux et politiques, nationaux et internationaux, troublent notre vie quotidienne. Des réalisations qui semblaient consolidées vers la démocratie et chez les droits l'homme; bien comme des réalisations sociales et de la pensée éthique dans la vie politique, sont remplacées par des discours de haine, de racisme et de xénophobie sous la logique de la guerre. De cette façon, des flux massifs des immigrés, des fruits de la guerre et de la violence, des attaques terroristes et une tension quotidienne sont confrontés. Cela se passe dans le débat qui montre le danger dans l'autre: de la généralisation de la figure du terroriste. Dans cet article on propose un décalage de la logique de la guerre avec l>objectif de discuter de la chute des idéaux, et des illusions, bien comme des difficultés de tracer directions pour l'avenir. On signale la liaison compliquée entre l>éthique du désir, la politique et, aussi, la résistance à l>instrumentation sociale de la jouissance. On comprend que perdre un idéal est différent de perdre une illusion, de la croyance ou de l'illusion. L>incrédulité et la désillusion ont ses effets - l>un de ces effets est s>attacher à une fantaisie délirante. L>idéalisation est un processus qui contourne l>agrandissement et la surestimation de l>objet, sans faire rapport à l>idéal. L>affliction psychique appelée «désillusion¼ s>étend des idéaux culturels (sur le plan de l>idéal du Moi) aux attentes du Soi (plan idéal du moi). Cette question attire attention au camouflage d>autre illusion, d'auto-engendrement, de la possibilité de surmonter la dépendance symbolique de l>Autre. Différencier ces termes nous permet de montrer la liaison compliquée entre l'éthique du désir, la politique et, aussi, la résistance à l'instrumentation sociale de la jouissance. À propos de la position de la psychanalyse, on reprend la phrase de Lacan dans «La Science et la vérité¼ (1966/1998): «De notre position de sujet, nous sommes toujours responsables. Qu>on appellent cela où l>on veut, du terrorisme.¼.

15.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(Esp. A psicanálise e as formas do político): 105-113, julho - 2018.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1354713

RESUMO

Vivemos em um tempo em que o mal-estar se radicaliza e se expressa em manifestações de intolerância. Buscamos sustentar a intolerância como fruto do mal-estar presente na constituição das fronteiras nos campos social e subjetivo e nos modos de circulação entre territórios. Há na intolerância uma posição do sujeito pautada pela ignorância consentida das complexidades em jogo - sociais, políticas, históricas, culturais, linguísticas ou psíquicas. Nessa operação, há um tripé: a paranoia como matriz do conhecimento da lógica liberal, que mantem o imaginário de uma sociedade sob ameaça e incita o medo da alteridade como afeto político central e o ódio como coadjuvante. Em uma lógica identitária, que se presta a certa 'obturação' da aventura do desejo, o outro se torna sinônimo de inimigo ou objeto de uma indiferença radical que preconiza o seu desaparecimento. A ignorância obscurece a ambivalência que está no cerne do sujeito e da agressividade que habita cada um. Mas, se de um lado, o ódio ou o desejo de destruição são constitutivos; de outro, é de escolha e responsabilidade do sujeito colocá-lo em ato.


We live in a time when malaise is radicalized and expressed in manifestations of intolerance. We seek to support intolerance as a result of the malaise present in the constitution of borders in the social and subjective fields and in the modes of circulation between territories. There is in intolerance a position of the subject ruled by the consenting ignorance of the complexities at stake - social, political, historical, cultural, linguistic or psychic. In this operation, there is a tripod: paranoia as the matrix of the knowledge of liberal logic, which holds the imaginary of a society under threat and incites the fear of alterity as central political affection and hatred as an adjunct. In an identity logic, which lends itself to a certain 'obturation' of the adventure of desire, the other becomes synonymous with an enemy or object of radical indifference that advocates its disappearance. Ignorance obscures the ambivalence at the heart of the subject and aggressiveness that inhabits each one. But if, on the one hand, hatred or the desire for destruction is constitutive; on the other, it is the subject's choice and responsibility to put it into action.


Vivemos en un tiempo en que el malestar se radicaliza y se manifiesta bajo la forma de intolerancia. Buscamos sujetar la intolerancia como fruto del malestar presente en la constitución de las fronteras en los campos social y subjetivo y en los modos de circulación entre territorios. En la intolerancia hay una posición del sujeto basada en la ignorancia permitida de las complexidades en juego ­ sociales, políticas, históricas, culturales, lingüísticas o psíquicas. En esa operación hay un trípode: la paranoia como matriz del conocimiento de la lógica liberal, que mantiene el imaginario de una sociedad bajo amenaza y provoca el miedo de la alteridad como afecto político central y el odio como secundario. En una lógica de identidad, que se ofrece a cierta 'obturación' de la aventura del deseo, el otro se transforma en sinónimo de enemigo u objeto de una indiferencia radical que preconiza su desaparecimiento. La ignorancia oscurece la ambivalencia que está en el centro del sujeto y de la agresividad que vive en cada uno. Pero, si de un lado, el odio o el deseo de destruición son constitutivos, de otro, es de elección y responsabilidad del sujeto ponerlo en acto.


On vit à une époque où le malaise va au extrême et s'expresse par des manifestations d'intolérance. On cherche à soutenir l'intolérance comme conséquence du malaise présent dans la constitution des frontières chez les domaines social et subjectif et dans les modes de circulation entre domaines. Dans l'intolérance, on trouve une position du sujet marquée par l'ignorance des complexités en jeu - sociales, politique, historiques, culturelles, linguistiques ou psychologiques. Dans cette opération, il y a un trépied: la paranoïa comme source de connaissance de la logique libérale, laquelle maintient l'imaginaire d'une société sous la menace et incite à la peur de l'altérité comme affection politique et incite aussi à la haine. Dans une logique d'identité, qui se prête à certaines «coupes¼ de l'aventure du désir, l'autre devient un synonyme d'ennemi ou un objet d'une indifférence radical que permet sa disparition. L'ignorance obscurcit l'ambivalence qui est au coeur du sujet et de l'agressivité qui habite à chacun. Mais si, d'un côté, la haine ou le désir de destruction sont constitutives; de l'autre, du sujet du choix, et de la responsabilité de les mettre en action.

16.
Psicol. Estud. (Online) ; 23: e2315, 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1098499

RESUMO

RESUMO. Este artigo pretende abordar alguns desdobramentos de um dispositivo de intervenção clínico-político em uma escola municipal de São Paulo. Utilizando um Grupo de Conversas com adolescentes foi possível observar e escutar uma cena que se repetia à exaustão e a partir dela supor um não dito social sobre os estudantes, suas mães e suas configurações familiares. Seguindo as indicações de Freud, Lacan, Benjamin e Gagnebin, consideramos o não dito que paira sobre elas como um modo de o passado perdurar de maneira não reconciliada no presente, acarretando uma contiguidade social e simbólica da mucama até as mulheres negras de hoje. O imaginário social sobre estas mulheres aponta para uma concepção de servidão e de corpo à disposição que, apesar de tantas mudanças históricas e conquistas femininas, ainda permanece e se transmite nos subterrâneos da nossa cultura. Recolocar tanto as falas e os atos dos estudantes, como os de suas mães, como prenhez de sentido e inscritos numa rede discursiva política e libidinal, nos permite reencontrar a potência e a capacidade de resistir desses sujeitos. Torna-se fundamental discernir o que é o sujeito colocado no lugar de resto no discurso social e o que é uma subjetivação da falta, pois enquanto esta última é o que promove o desejo, a primeira, é o que violenta e silencia o sujeito.


RESUMEN. Este artículo se propone abordar algunos desdoblamientos de un dispositivo de intervención psicoanalítica clínica-política en una escuela municipal de São Paulo. En un Grupo de Conversaciones con adolescentes, pudimos escuchar una escena que se repetía y, a partir de la misma, suponer un "no dicho" social sobre los estudiantes, sus madresy sus configuraciones familiares. Siguiendo la huella de Freud, Lacan, Benjamin y Gagnebin con- sideramos lo que no se dijo como un modo en que el pasado perdura de manera no recon- ciliada en el presente, acarreando una contigüidad social y simbólica de la mucama hasta las mujeres negras de hoy. El imaginario social sobre esas mujeres revela una concepción de servidumbre y de cuerpo a disposición que, a pesar de tantos cambios históricos, aún permanece y se transmite en los subterráneos de nuestra cultura.Volver a poner el discurso y las acciones de los estudiantes y de sus madres como llenos de sentido y matriculados en una red política y discursiva de la libido, nos permite redescubrir el poder y la capacidad de soportar de estos sujetos. Es esencial discernir lo que es el objeto colocado en la posición de resto en el discurso social y lo que es una subjetivación de la falta, pues una vez que esta última es lo que promueve el deseo, el primero es lo que violenta y silencia el tema.


ABSTRACT. This article addresses some effects of a political-clinical psychoanalytic inter- vention implemented at a public school in Sao Paulo. The focusconversations group held with adolescents enabled us to watch and to listen to a repeatedly returned scene, which al- lowed us to assume a social "unsaid" about students, their mothersand their family settings. Embracing the indications of Freud, Lacan, Benjamin and Gagnebin, we considered that the unsaidthat accompanies these mothers as an enduring pastunreconciled with the present, thereby causing a social and symbolic contiguity of the master's slave girl to today's black women. The social imaginary of these women points to a conception of servitude and sex- ually available body, which, despite the many historical changes and female achievements, still remains and istransmitted in the underground of our culture. Replacing both speeches and acts of the students and of their mothers, as laden with meaning and enrolled in a po- litical and libidinal discursive network, allows us to rediscover the power and resilience of these subjects. It is fundamental to discern between a subject placed in the place of rest in the social discourse, and a subjectivation of the lack, since while the latter is what promotes the desire, the former is what violates and silences the subject.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Instituições Acadêmicas , Cultura , Racismo/psicologia , Política , Psicanálise , Violência/psicologia , Mulheres/psicologia , Mulheres Trabalhadoras/psicologia , Comportamento do Adolescente/psicologia , Poder Familiar/psicologia , Mulheres Maltratadas/psicologia , Sujeitos da Pesquisa , Violência contra a Mulher , Docentes/psicologia , Violência Étnica/psicologia , Relações Mãe-Filho/psicologia , Mães/psicologia
18.
Rev. psicol. polit ; 17(40): 484-499, set.-dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-985811

RESUMO

Buscamos trazer novos aportes à utilização de dispositivos grupais nos serviços que executam políticas sociais como estratégia clínico-política de resistência à lógica de individualização e massificação do sofrimento, a partir do referencial psicanalítico. Problematizamos o uso, amiúde indiscriminado, de técnicas grupais, para apresentar aspectos éticos e teóricos da psicanálise freudolacaniana que norteiam o grupo como dispositivo clínico. Considerando alianças que podem unir um grupo - identificação, demanda e transferência - e seus possíveis efeitos de massificação, discutimos os desafios de sustentar a função de analista ao se operar esse dispositivo, que, no caso do grupo, será subverter os possíveis obstáculos, transformando-os em força viva, em resistência ao discurso de um grupo social que se quer fazer hegemônico. A partir da nossa experiência com grupos realizados em segmentos da política de Assistência Social e Direitos Humanos, trazemos vinhetas de supervisões e experiências no campo, proporcionando debates sobre grupos enquanto prática clínico-política.


We seek to contribute to the use of group devices in social policy services as a clinical-political strategy of resistance to the logic of individualization and massification of suffering, from the psychoanalytic perspective. We problematize the use, often indiscriminate, of group techniques, topresent ethical and theoretical aspects of Freudo-Lacanian psychoanalysis guiding the group as a clinical device. Considering the alliances that can unite a group -identification, demand and transfer - with possible effects of massification, we discuss the challenges in sustaining the analyst function when operating this device, which, in the case of the group, will subvert the possible obstacles, transforming them into a living force, into resistance to the discourse of a social group willing to become hegemonic. From our experience with groups in segments of the Social Assistance and Human Rights policy, we bring vignettes of supervisions and experiences in the field, providing debates about groups as a clinical-political practice.


Traemos contribuciones al uso de dispositivos grupales en servicios que ejecutan l políticas sociales como estrategia clínico-política de resistencia a la lógica de individualización y d masificación del sufrimiento, a partir del referencial psicoanalítico. Problematizamos la utilización frecuentemente indiscriminada de técnicas grupales, para presentar aspectos éticos y teóricos del psicoanálisis freudolacaniana que orientan el grupo como dispositivo clínico. Ante las alianzas que pueden unir un grupo -identificación, demanda y transferencia- y posibles efectos de masificación, discutimos desafíos en sostener la función de analista al operar ese dispositivo, que, en el caso del grupo, será subvertir los posibles obstáculos, transformándolos en fuerza viva, resistencia al discurso de un grupo social que se quiere hacer hegemónico. A partir de nuestra experiencia de trabajo con grupos realizados en segmentos de la política de Asistencia Social y Derechos Humanos, traemos viñetas de supervisiones y experiencias, proporcionando debates acerca de los grupos como práctica clínico-política.


Nous cherchons à apporter de nouvelles contributions de la psychanalyse à l'utilisation des dispositifs de groupe dans les services qui exécutent les politiques sociales comme stratégie clinicopolítica de résistance à la logique l' de individualisation et de la massification de la souffrance. Nous présentons les aspects éthiques et théoriques de la psychanalyse freudolacanienne qui guident le groupe en tant que dispositif clinique. Considérant les modalités des alliances pouvant unifier un groupe: identification, demande et transfert et leurs effets éventuels de massification, nous discutons les défis de soutenir la fonction d'analyste en utilisant ce dispositif, qui, dans le cas du groupe, sera de renverser les obstacles possibles, en les transformant en résistance au discours d'un groupe social qui veut devenir hégémonique. De notre expérience avec des groupes menés dans des segments de la politique d'assistance sociale et des droits de l'homme, nous apportons des vignettes de supervisions et d'expériences sur le terrain, en proposant des débats sur les groupes en tant que pratique clinique et politique.

19.
Psicol. rev ; 26(2): 231-253, dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-909980

RESUMO

O diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentou um expressivo crescimento durante a última década, tornando-se o mais frequente dos transtornos psiquiátricos tratados em jovens. Dados epidemiológicos apontam para prevalência mundial de 4% a 10% entre crianças. O discurso médico contemporâneo, representado pela psiquiatria biológica e pelas neurociências, estabelece o diagnóstico de TDAH baseado na noção de déficit, incapacidade e disfunções atencional, motora e do controle da impulsividade. As disfunções são colocadas em primeiro plano e as funções psíquicas e orgânicas entendidas de maneira desarticulada entre si e em relação ao processo de constituição da subjetividade. Este artigo tem como objetivo a análise crítica do diagnóstico de TDAH, a partir do referencial teórico, ético e clínico da psicanálise, situando sua construção no discurso social, seus avanços e influências. O diagnóstico de TDAH apresentou um deslizamento diacrônico de nomenclatura associado às ordens político-econômicas e jurídicas. A objetivação dos quadros psicopatológicos como proposta pelo DSM e pela CID-10 reduz a criança ao saber médico e à nomeação diagnóstica, excluindo sua singularidade e ocultando tanto o aspecto diacrônico de sua constituição subjetiva, como a articulação do sujeito aos traços identificatórios de sua filiação.


There has been a dramatic growth in the diagnosis of attention deficit/ hyperactivity disorder (ADHD) over the last decade, making it the most common psychiatric disorder treated among young people. Epidemiological data indicates a global prevalence of 4% to 10% amongst children. The contemporary medical discourse, represented by biological psychiatry and the neurosciences, establishes the diagnosis of ADHD based on the notions of deficit, disability, and attention, motor and impulse control disorders. Dysfunctions are placed at the forefront and the psychic and bodily functions studied in a disjointed manner with each other and in relation to the subjectivity process. This article aims for a critical analysis of theADHD diagnosis, drawing on the theory, ethics and psychoanalysis clinic, and placing its construction within the social discourse, its advances and influences. ADHD diagnosis presented a diachronic slip of nomenclature associated with political, economic and legal systems. The objectification of psychopathology - as proposed by DSM and ICD-10 - reduces the child to a mere subject of medical knowledge and diagnostic nomination, excluding his/her uniqueness and hiding both the diachronic aspect of his/her subjective constitution, and the subject's connection with his/herfamily traits.


El diagnóstico del Trastorno de déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH) presentó un crecimiento expresivo a lo largo de la última década, convirtiéndose así, en el trastorno psiquiátrico tratado más frecuente en jóvenes. Datos epidemiológicos muestran una prevalencia mundial de 4% a 10% en niños. El discurso médico contemporáneo, representado por la psiquiatría biológica y por las neurociencias, establece el diagnóstico del TDAH basado en la noción del déficit, incapacidad y disfunciones motoras, atencionales y del control de impulsividad. Las disfunciones son puestas en primer plano y las funciones psíquicas y orgánicas entendidas de forma desarticuladas entre sí y en relación al proceso de constitución de la subjetividad. Este artículo tiene como objetivo el análisis clínico del diagnóstico del TDAH, desde el referencial teórico, ético y clínico del psicoanálisis, ubicando su construcción en el discurso social, sus avances e influencias. El diagnóstico del TDAH presentó un deslizamiento diacrónico en la nomenclatura, asociado a las órdenes político-económicas y jurídicas. La objetivación de los cuadros psicopatológicos propuesta por el DSM y por el CID-10 reduce el niño al saber médico y a la nominación diagnóstica, excluyendo su singularidad y ocultando tanto el aspecto diacrónico de su constitución subjetiva, como la articulación del sujeto a los trazos de identificación de su filiación.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade , Diagnóstico , Psicanálise , Epidemiologia
20.
Psicol. Estud. (Online) ; 22(3): 359-369, jul.-set. 2017.
Artigo em Inglês, Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1102354

RESUMO

Este artigo aborda os dilemas do avanço da psicanálise quando leva em conta certas problemáticas, tais como exclusão social, racismos e situações outras desse gênero. Essas questões emergem quando o psicanalista oferece sua escuta na pólis: em instituições de saúde, de assistência ou de educação, em comunidades. Tais práticas psicanalíticas que denominamos aqui de clínico-políticas se dão nos limites do campo psicanalítico e incitam ao diálogo necessário com outros campos de conhecimento. Também convocam ao aprofundamento dos conceitos e à criação de dispositivos clínicos condizentes com a dimensão sociopolítica do sofrimento. Na primeira parte do artigo, abordamos o avanço teórico da psicanálise em relação à teoria da cultura. Na construção da psicanálise, Freud articula clínica, teoria e questões sociais. A partir dele, no entanto, o avanço teórico da psicanálise na sua interface com a cultura aparentemente privilegiou os fatos artísticos e religiosos, em detrimento da dimensão política, econômica e social. Na segunda parte, apresentamos nossa concepção de psicanálise clínico-política ou a de psicanálise implicada.


This article addresses the dilemmas of the advancement of psychoanalysis when taking into account certain problems, such as social exclusion, racism and others. These issues emerge when the psychoanalyst offers his or her listening in the pólis: in health care, assistance or education institutions, in communities. Such clinical-political psychoanalytic practices find the limits of its field and encourage the necessary dialogue with other fields of knowledge. On the other hand, they encourage the deepening of concepts and the creation of clinical devices compatible with the sociopolitical dimension of suffering. In the first part of the article, we discuss present the way that Freud articulates clinical practice, theory and social issues. Since then, however,the theoretical advance of psychoanalysis in its interface with culture has privileged artistic and religious facts, at the expense of the political, economic and social dimension. In the second part, we present our conception of clinical-political psychoanalytic or implicated psychoanalysis.


En este artículo se analiza los dilemas del avance del psicoanálisis que, se tiene en cuenta ciertas cuestiones como la exclusión social, el racismo entre otras. Estas preguntas surgen cuando el psicoanalista ofrece su escucha en la ciudad: en las instituciones de salud, educación o asistencia, en las comunidades. Tales prácticas psicoanalíticas clínico políticas encuentran los límites de su campo y fomentanel diálogo necesario con otros campos del conocimiento. Instan, por el contrario, a la profundizaciónde los conceptos y a la creación de dispositivos compatibles con la dimensión sociopolítica del sufrimiento. En la primera parte del artículo se discute el avance de la teoría del psicoanálisis en su interrelación con la cultura. En la construcción del psicoanálisis, Freud articula clínica, teoría y problemas sociales. A partir de ella, sin embargo, el avance teórico del psicoanálisis en su interfaz con las manifestaciones artísticas de la cultura y la dimensión religiosa son privilegiadas más que las dimensiones políticas, económicas y sociales. En la segunda parte presentamos nuestra concepción del psicoanálisis clínico política o el psicoanálisis implicado.


Assuntos
Política , Psicologia Clínica , Sociedades , Cultura , Interpretação Psicanalítica , Isolamento Social/psicologia , Angústia Psicológica
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA